Rio Capim Agrossilvipastoril em busca de tecnologias para redução de emissões de metano

Soluções tecnológicas visam diminuir as emissões de gases de efeito estufa na pecuária, contribuindo para a sustentabilidade ambiental

O metano, um gás natural incolor, inodoro e inflamável, é produzido por processos biológicos como a decomposição anaeróbica de matéria orgânica e a digestão de ruminantes. Na atmosfera, ele é aproximadamente 28 vezes mais eficiente que o dióxido de carbono na retenção de calor, tornando-o um potente gás de efeito estufa. Para enfrentar esse problema, a Rio Capim Agrossilvipastoril, startup com atuação no Pará, está investindo na pesquisa por inibidores de metano que atuam no trato digestivo dos ruminantes para reduzir significativamente as emissões. Esses esforços alinham-se com as diretrizes internacionais para combater as mudanças climáticas. 

A agricultura, especialmente a pecuária, é responsável por cerca de 40% das emissões anuais de metano, sendo os arrotos de vacas uma das principais fontes desse gás. Para enfrentar esse problema, estão sendo desenvolvidos inibidores de metano, como aditivos alimentares e vacinas, que atuam no trato digestivo dos ruminantes. A Rio Capim Agrossilvipastoril é entusiasta do movimento inovador e tecnológico em busca de soluções para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Esses inibidores, como o 3-NOP e algas vermelhas, interferem nas enzimas responsáveis pela produção de metano no rúmen dos ruminantes e podem se tornar grandes aliados, após os testes e aprovações necessários. 

Embora esses inibidores possam diminuir as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a eficiência alimentar dos animais, eles enfrentam desafios significativos. A eficácia desses produtos pode variar com a genética e a dieta dos animais, além de haver preocupações regulatórias e de custo associadas. “A eficácia desses produtos pode variar bastante dependendo da raça e da dieta dos animais, o que é um aspecto importante a ser considerado nesse processo de busca pelas melhores alternativas disponíveis no país”, ressalta Luiz Eduardo Quintella, diretor de Novos Negócios da Rio Capim. 

A Rio Capim está em constante diálogo com produtores e especialistas em algas marinha, por meios da Agrosea (plataforma de fomento de algas calcárias) para desenvolver testes de conceito e aplicar esta tecnologia em seus rebanhos em breve. “O potencial de uso de algas marinhas na alimentação de bovinos para redução de emissões de metano é enorme, estudos com animais mostram potencial de redução de 10% a 90% de acordo com o nível de inclusão na dieta”, afirma Marcel Reis, diretor de operações. 

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Coalizão Clima e Ar Limpo, a redução das emissões de metano relacionadas à agricultura e pecuária é fundamental na batalha contra a mudança climática. A pecuária contribui com 32% das emissões de metano causadas pelo homem, e esses inibidores têm um potencial de impacto significativo. No entanto, para uma mudança mais abrangente, é necessário também aumentar a produtividade da pecuária, especialmente em países mais pobres, exigindo grandes investimentos no desenvolvimento dessas soluções, essenciais para alcançar uma agricultura sustentável. 

Atualmente, a atuação da startup se dá em conjunto com pequenos produtores e pecuaristas para desenvolver consórcios de animais com cultivos agrícolas e árvores nativas, em uma mesma área, de forma simultânea ou ao longo do tempo, auxiliando nos projetos de recria de bezerros. “Estamos despontando em um setor de grande relevância para o país, dedicando esforços para atender em especial aos pequenos pecuaristas, uma das pontas mais ignoradas pelo mercado atualmente”, afirma Marcel Reis, diretor de operações.  

Sobre a Rio Capim Agrossilvipastoril 

A Rio Capim Agrossilvipastoril é uma startup dedicada à integração de sistemas agrícolas e pecuários sustentáveis na Amazônia. Com foco na restauração de áreas degradadas e na promoção da sustentabilidade ambiental, a Rio Capim trabalha em parceria com pequenos produtores para implementar práticas agroflorestais que aumentam a produtividade e preservam o meio ambiente. 

Informações para a Imprensa  

Lívia Nadjanara
[email protected]
(41) 99662-8499

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